All times are UTC [ DST ]




Post new topic Reply to topic  [ 2744 posts ]  Go to page Previous  1 ... 126, 127, 128, 129, 130, 131, 132 ... 275  Next
  Print view

Re: Jornal Tud'a Monte
Author Message
PostPosted: 02 Oct 2009, 23:19 
Chuck Norris
Chuck Norris
Offline

Joined: 12 Jan 2009, 00:49
Posts: 2041
Reformar ou rebentar
por Paul Krugman, Publicado em 25 de Setembro de 2009

Mal demos meia dúzia de passos atrás para evitar cair no precipício que ameaçou o sistema financeiro mundial e já se começam a verificar novas tendências para a asneira

No conturbado período que se seguiu à falência do Lehman Brothers, parecia inconcebível que os banqueiros, poucos meses depois, regressassem às práticas que levaram o sistema financeiro mundial à beira do precipício. No mínimo, poderia pensar-se que mostrariam alguma contenção, por medo de provocarem uma reacção do público.
Mas agora que nos afastámos uns quantos passos do precipício - graças, não o esqueçamos, a gigantescas injecções de dinheiro dos contribuintes -, o sector financeiro está rapidamente a voltar ao seu comportamento de sempre. Enquanto o resto do país continua a sofrer com o desemprego crescente, os cheques de ordenado e de compensações de Wall Street estão a crescer para os níveis que tinham antes da crise. E o sector está a aplicar a sua influência política para bloquear mesmo as mais incipientes reformas.
A boa notícia é que os altos responsáveis da administração Obama e da Reserva Federal parecem estar a perder a paciência. A má notícia é que não é certo que o próprio presidente Barack Obama esteja preparado, mesmo agora, para enfrentar os banqueiros.
Louvor a quem o merece: fiquei felicíssimo por ver Lawrence Summers, o principal economista da presente administração, criticar duramente a campanha que a Câmara de Comércio dos EUA, de parceria com grupos de pressão do sector financeiro, está a fazer contra a proposta de criação de um organismo para proteger os consumidores de abusos financeiros, como sejam empréstimos cujas condições não percebem. Os anúncios da Câmara, declarou Summers, são "o equivalente do sector financeiro aos anúncios de 'painel da morte' propalados pelo sector da saúde a propósito da reforma daquele sistema."
Contudo, proteger os consumidores de abusos financeiros deveria ser apenas o ponto de partida da reforma. Se quisermos mesmo impedir que Wall Street crie outra bolha, a que se seguirá outro rebentamento, temos de mudar os incentivos do sector, o que significa, em particular, mudar o modo como os banqueiros são pagos.
Que mal há nas compensações pagas no sector financeiro? Essencialmente, que os executivos dos bancos são principescamente recompensados se produzirem grandes lucros a curto prazo, mas não são proporcionalmente penalizados se depois incorrerem em perdas ainda maiores. Esta situação promove os riscos excessivos.
Alguns dos homens responsáveis pela actual crise enriqueceram desmesuradamente com os bónus e prémios que ganharam nos anos bons, ainda que as estratégias de alto risco que possibilitaram esses bónus tenham acabado por aniquilar as empresas para as quais trabalhavam.
A Reserva Federal, que acordou da era Greenspan, compreende este problema. E propõe-se resolvê-lo. Segundo os relatórios mais recentes, as cúpulas da Reserva Federal estão a pensar impor novas regras para as compensações em empresas financeiras, exigindo que os bancos procedam a uma "retracção" dos bónus em situações de perda e os indexem ao desempenho de longo prazo.
Mas o sector - apoiado por quase todos os republicanos e por alguns democratas - vai opor-se violentamente a tais alterações. E embora a administração se proponha apoiar reformas no domínio das compensações, não é certo que vá apoiar completamente os esforços da Reserva Federal.
Fiquei espantado, a semana passada, quando Obama, numa entrevista à Bloomberg News, questionou a limitação dos pagamentos observados no sector financeiro: "Por que razão", declarou, "se há-de fixar um tecto para as compensações dos banqueiros de Wall Street e não para os empresários de Silicon Valley ou os jogadores da NFL?"

As empresas tecnológicas não provocam o colapso do sistema financeiro mundial quando vão à falência; os jogadores que fazem demasiados passes arriscados não têm de ser salvos com injecções de emergência de centenas de milhares de milhões de dólares.

Tudo o que me ocorre é que estamos perante mais um exemplo de uma situação já nossa conhecida: Obama tem uma relutância visceral em dizer seja o que for que possa ser entendido como retórica populista. E isso é algo que ele tem de ultrapassar.
Não é só porque tomar uma posição populista em relação aos pagamentos dos banqueiros seja boa política. E não há dúvida de que é: a administração está mais mal vista do que imagina por parecer estar a oferecer dinheiro duramente ganho pelos contribuintes para salvar Wall Street. Não menos importante neste caso é que o populismo é uma boa postura económica. Com efeito, pode argumentar-se que a reforma das compensações dos banqueiros é a medida individual com mais capacidade para evitar outra crise financeira daqui a uns anos.
Está na altura de o presidente perceber que por vezes o populismo, especialmente o populismo que irrita os banqueiros, é exactamente aquilo de que a economia precisa.

Exclusivo i/The New York Times

Nobel da Economia de 2008


Top
 Profile  
Reply with quote  

Re: Jornal Tud'a Monte
PostPosted: 02 Oct 2009, 23:31 
Teh dieb
Teh dieb
User avatar
Offline

Joined: 12 Jan 2009, 15:13
Posts: 5863
Location: Maida Vale
que já sabemos que economistas e investidores não entendem ponta de um corno, nem saber gerir o próprio cu é algo que sabemos há muito tempo.
ele que diga coisas novas

_________________
Image


Top
 Profile  
Reply with quote  

Re: Jornal Tud'a Monte
PostPosted: 03 Oct 2009, 00:02 
Chuck Norris
Chuck Norris
User avatar
Offline

Joined: 25 Jan 2009, 21:39
Posts: 2484
óh mike, cuidado com o que dizes...

_________________
Image

Image


Top
 Profile  
Reply with quote  

Re: Jornal Tud'a Monte
PostPosted: 03 Oct 2009, 01:25 
Chuck Norris
Chuck Norris
User avatar
Offline

Joined: 29 Jan 2009, 19:24
Posts: 1141
Eu queria que o Krugman apresentasse um único paper que relacione a crise com executive compensation.


Top
 Profile  
Reply with quote  

Re: Jornal Tud'a Monte
PostPosted: 05 Oct 2009, 12:36 
Chuck Norris
Chuck Norris
Offline

Joined: 12 Jan 2009, 00:49
Posts: 2041
Lisboa 2009 - Grelha comparativa dos Programas

por http://www.lisboa09.pt.to/


Top
 Profile  
Reply with quote  

Re: Jornal Tud'a Monte
PostPosted: 05 Oct 2009, 17:21 
Chuck Norris
Chuck Norris
Offline

Joined: 12 Jan 2009, 00:49
Posts: 2041
Quote:
Elisa Ferreira disposta «a perder a gamela de Bruxelas»

A candidata do PS à Câmara do Porto, Elisa Ferreira, afirmou hoje que o facto de ser eurodeputada é uma vantagem na corrida eleitoral, porque mostra que está disposta a perder a «gamela» de Bruxelas.

«É uma grande vantagem ter alguém que não vem para a câmara porque quer protagonismo ou porque quer uma gamela. Eu perco uma gamela para vir para o Porto por amor à cidade», referiu Elisa Ferreira, em declarações aos jornalistas.

A candidata falava durante a visita ao Mercado do Bom Sucesso onde Ilda Silva, uma florista que não vota no Porto e admitiu ser do PSD, disse a Elisa Ferreira que, se queria vir para a autarquia «não se devia ter candidatado às 'europeias'».

:facepalm:


Top
 Profile  
Reply with quote  

Re: Jornal Tud'a Monte
PostPosted: 05 Oct 2009, 21:15 
Teh dieb
Teh dieb
User avatar
Offline

Joined: 12 Jan 2009, 15:13
Posts: 5863
Location: Maida Vale
http://www.nytimes.com/2009/10/05/opini ... .html?_r=1

Quote:
“Cheers erupted” at the headquarters of the conservative Weekly Standard, according to a blog post by a member of the magazine’s staff, with the headline “Obama loses! Obama loses!” Rush Limbaugh declared himself “gleeful.” “World Rejects Obama,” gloated the Drudge Report. And so on.

So what did we learn from this moment? For one thing, we learned that the modern conservative movement, which dominates the modern Republican Party, has the emotional maturity of a bratty 13-year-old.

But more important, the episode illustrated an essential truth about the state of American politics: at this point, the guiding principle of one of our nation’s two great political parties is spite pure and simple. If Republicans think something might be good for the president, they’re against it — whether or not it’s good for America.

To be sure, while celebrating America’s rebuff by the Olympic Committee was puerile, it didn’t do any real harm. But the same principle of spite has determined Republican positions on more serious matters, with potentially serious consequences — in particular, in the debate over health care reform.

Now, it’s understandable that many Republicans oppose Democratic plans to extend insurance coverage — just as most Democrats opposed President Bush’s attempt to convert Social Security into a sort of giant 401(k). The two parties do, after all, have different philosophies about the appropriate role of government.

But the tactics of the two parties have been different. In 2005, when Democrats campaigned against Social Security privatization, their arguments were consistent with their underlying ideology: they argued that replacing guaranteed benefits with private accounts would expose retirees to too much risk.

The Republican campaign against health care reform, by contrast, has shown no such consistency. For the main G.O.P. line of attack is the claim — based mainly on lies about death panels and so on — that reform will undermine Medicare. And this line of attack is utterly at odds both with the party’s traditions and with what conservatives claim to believe.

Think about just how bizarre it is for Republicans to position themselves as the defenders of unrestricted Medicare spending. First of all, the modern G.O.P. considers itself the party of Ronald Reagan — and Reagan was a fierce opponent of Medicare’s creation, warning that it would destroy American freedom. (Honest.) In the 1990s, Newt Gingrich tried to force drastic cuts in Medicare financing. And in recent years, Republicans have repeatedly decried the growth in entitlement spending — growth that is largely driven by rising health care costs.

But the Obama administration’s plan to expand coverage relies in part on savings from Medicare. And since the G.O.P. opposes anything that might be good for Mr. Obama, it has become the passionate defender of ineffective medical procedures and overpayments to insurance companies.

How did one of our great political parties become so ruthless, so willing to embrace scorched-earth tactics even if so doing undermines the ability of any future administration to govern?

The key point is that ever since the Reagan years, the Republican Party has been dominated by radicals — ideologues and/or apparatchiks who, at a fundamental level, do not accept anyone else’s right to govern.

Anyone surprised by the venomous, over-the-top opposition to Mr. Obama must have forgotten the Clinton years. Remember when Rush Limbaugh suggested that Hillary Clinton was a party to murder? When Newt Gingrich shut down the federal government in an attempt to bully Bill Clinton into accepting those Medicare cuts? And let’s not even talk about the impeachment saga.

The only difference now is that the G.O.P. is in a weaker position, having lost control not just of Congress but, to a large extent, of the terms of debate. The public no longer buys conservative ideology the way it used to; the old attacks on Big Government and paeans to the magic of the marketplace have lost their resonance. Yet conservatives retain their belief that they, and only they, should govern.

The result has been a cynical, ends-justify-the-means approach. Hastening the day when the rightful governing party returns to power is all that matters, so the G.O.P. will seize any club at hand with which to beat the current administration.

It’s an ugly picture. But it’s the truth. And it’s a truth anyone trying to find solutions to America’s real problems has to understand.

_________________
Image


Top
 Profile  
Reply with quote  

Re: Jornal Tud'a Monte
PostPosted: 07 Oct 2009, 01:20 
Chuck Norris
Chuck Norris
Offline

Joined: 12 Jan 2009, 00:49
Posts: 2041
Quote:
Entre cinco e dez por cento das crianças dos países industrializados são vítimas de abuso sexual grave, diz Unicef

Entre cinco por cento e 10 por cento das raparigas e cinco por cento dos rapazes que vivem nos países industrializados são vítimas, em certo momento da sua infância, de abuso sexual com penetração. A estimativa é apresentada num relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) hoje divulgado.


“Um número três vezes maior de crianças sofre alguma forma de abuso sexual”, relata o documento que tem como título: “Progresso para as crianças: um balanço da protecção da criança”.

Os estudos citados traçam um cenário negro. “A cada ano, pelo menos quatro por cento das crianças dos países industrializados são vítimas de maus-tratos físicos e uma em cada dez é vítima de negligência ou maus-tratos psicológicos.” Em 80 por cento dos casos, os agressores são os seus pais ou tutores.

Em muitos destes países, uma larga maioria dos adultos continua a achar que os castigos corporais são aceitáveis. E aplicam-nos. A pobreza, os problemas de saúde mental, os baixos níveis de escolaridade, o consumo de drogas e álcool e um historial de violência na infância são alguns dos factores associados às famílias abusadoras.

Trabalho infantil atinge milhões

A Unicef nota que apesar dos progressos feitos, não se sabe ainda o suficiente sobre a dimensão do problema dos abusos contra as crianças.

“Milhões de rapazes e raparigas de todo o mundo são vítimas de tráfico, não têm os cuidados dos pais, não têm documentos que lhes permitam frequentar uma escola ou aceder a cuidados de saúde”, nota o documento. Compreender a dimensão destes fenómenos é fundamental para agir, disse Ann M. Veneman, directora executiva da Unicef.

O relatório, lançado a seis semanas do aniversário da Convenção da ONU para os Direitos da Criança, que faz 20 anos, é feito de uma série de dados perturbadores. Como estes: mais de mil milhões de crianças vivem em regiões afectadas por um conflito armado; em todo o mundo, mais de 150 milhões de crianças entre os cinco e os 14 anos estão envolvidas em alguma forma de trabalho infantil; mais de metade das crianças detidas nunca foram julgadas; duas em cada três crianças sofrem castigos corporais; e há países onde dois em cada três nascimentos não são registados (na Somália e Libéria estima-se que apenas cinco por cento das crianças o sejam), estando mais expostas aos riscos da exploração sexual e da adopção ilegal.


Top
 Profile  
Reply with quote  

Re: Jornal Tud'a Monte
PostPosted: 07 Oct 2009, 04:28 
Chuck Norris
Chuck Norris
User avatar
Offline

Joined: 12 Jan 2009, 01:28
Posts: 3167
Old.


Top
 Profile  
Reply with quote  

Re: Jornal Tud'a Monte
PostPosted: 07 Oct 2009, 11:05 
Teh dieb
Teh dieb
User avatar
Offline

Joined: 12 Jan 2009, 15:13
Posts: 5863
Location: Maida Vale
já conheces a cena pq és tu que contribuis ]:-D

_________________
Image


Top
 Profile  
Reply with quote  

Display posts from previous:  Sort by  
Post new topic Reply to topic  [ 2744 posts ]  Go to page Previous  1 ... 126, 127, 128, 129, 130, 131, 132 ... 275  Next

All times are UTC [ DST ]


Who is online

Users browsing this forum: No registered users and 1 guest


You cannot post new topics in this forum
You cannot reply to topics in this forum
You cannot edit your posts in this forum
You cannot delete your posts in this forum
You cannot post attachments in this forum

Search for:
Jump to:  
Style by phpBB3 styles, zdrowie zdrowie alveo
Powered by phpBB © 2000, 2002, 2005, 2007 phpBB Group