warding wrote:
Não, a questão é de que forma é que o bem estar dos portugueses é maximizado.
Em teoria, poderias maximizar o lucro/receitas do estado sendo a TAP e ANA monopolista em Portugal e gerar lucros a partir desse monopólio. Em contrapartida sofrem os Portugueses e o sector do Turismo em Portugal.
Ou então poderias ter a TAP num ambiente competitivo, a ANA num ambiente competitivo, portugas com viagens baratas e mais estrangeiros a vir. Isto seria a situação optima.
O que temos nem é um nem a outra. O Estado não pode injectar mais capital na companhia aparentemente e a TAP sem investimentos na frota nos próximos anos vê dificuldade em crescer. Para não falar da divida bancária que vai ter de ir renegociando provavelmente em piores condições do que obteve antes.
Vender a um rico sul-americano interessado em tornar Portugal num hub entre America do Sul - Europa e Europa - Africa parece-me boa idea, já que deixa de haver rico de politização da empresa pública, o passivo da TAP deixa de ser nosso problema e há maior incentivo para os actores políticos de promoverem um ambiente competitivo (incentivo maior quando o comprador é estrangeiro, ironicamente pode ser mau privatizar coisas a portugueses). E melhor ainda, possivelmente passam a haver menos greves.
Historicamente as airlines não dão lucro. É um sector que sempre foi ultra competitivo. Não me choca a TAP valer apenas umas dezenas de milhões.
Aqui estou completamente de acordo contigo. Em primeiro, privatizar uma empresa para capital nacional impede a entrada de investimento estrangeiro, e a TAP precisa de muito capital para manter-se a aguentar-se nas canetas.
Em segundo, vivemos num país de fantoches. Qualquer tuga que pusesse mãos àquilo teria uma enorme pressão e receio para fazer as reformas necessárias, que o actual dono tem medo de fazer. Há muita gente influente na TAP e as pessoas por cá tem medo de influências.
Venha mas é o dinheiro da coca!