Onde estão os homens de palha? Onde é que o que eu disse não é representativo das praxes?
O rumo que esta discussão tem seguido é que quem as defende, menciona que há rituais de integração positivos e que nem tudo são abusos, ou que estes são raros nas suas instituições. Mas eu não estou a argumentar contra eventuais praxes 'boas', tipo organizar caloiros para ir limpar matas ou wtv. Estou a argumentar contra as instituição de classes (caloiros/veteranos/dux/wtv), contra a cultura de obediência (tipo sanções de unhas se te portares 'mal', tipo ires ao tribunal da praxe de te portares 'mal', tipo fazeres outras cenas mais chatas se te portares 'mal') sendo que portar mal significa não obedecer, e contra abusos. Muito mencionam Universidades em que a coisa toma uma notação mais 'soft', mas então OK, se a ideia é reformar as praxes de forma a esquecer as coisas más e criar novos rituais bons, então

. Infelizmente, não me parece que seja isso que está a acontecer.
Este artigo vale a pena ler, para ambos os lados da questão:
http://www.publico.pt/sociedade/noticia ... os-1621112Achei interessante:
Quote:
No início do século XX, há histórias célebres de tentativas de suavizar as praxes, como a do jovem Aristides de Sousa Mendes, futuro cônsul, e do seu irmão gémeo César, que promoveram as “Festas de recepção aos novatos” na Universidade de Coimbra, onde estudavam Direito em 1905. Com José d’Arruella e outros “rapazes cheios de intenções generosas”, o grupo recebeu os caloiros com poesia, música e teatro, numa tentativa de pôr fim à “velha usança das troças” que, por vezes, se tornavam “sumamente agressivas”, conta Lina Alves Madeira, na revista Rua Larga, da UC. Na altura, a iniciativa foi saudada por Guerra Junqueiro, Gomes Leal e Bernardino Machado. Com a proclamação da República, a praxe quase desaparece.
DbC, as praxes não se aplicam só aos caloiros, aparentemente.