PSI 20 em queda com três títulos em mínimos históricos

Às 12h26, o PSI 20 descia 1,55% para 6.061,47 pontos, em linha com os principais pares europeus, que seguem a negociar em mínimos de três anos. A possibilidade de novas nacionalizações de bancos, aumentos de capital e cortes nos dividendos preocupam os investidores.

O destaque vai para a forte queda dos papéis da banca. O BES recua 3,3% para 5,01 euros e o BPI perde 2,33% para 1,46 euros, o valor mais baixo desde Dezembro de 2008.

Já o BCP tomba 3,76% para um novo mínimo histórico, nos 0,66 euros. As casas de análise KBW e a ESR reduziram hoje as suas avaliações para o BCP. É o terceiro ‘downgrade' esta semana para o banco português, depois de ontem o banco norte-americano JPMorgan ter revisto em baixa para os 0,58 euros o seu preço-alvo para os títulos do banco liderado por Carlos Santos Ferreira.

As acções da Teixeira Duarte também recuaram hoje para um novo mínimo histórico, a acompanhar a queda dos títulos do BCP, no qual detém uma participação de 7,02%. A empresa liderada por Pedro Teixeira Duarte segue a perder 3,3% para 0,43 euros.

No grupo Sonae, destaque para a queda dos papéis da Sonae Indústria, que afunda 5,46% para 1,45 euros, depois de ter caído durante a manhã para um mínimo histórico nos 1,40 euros. A empresa liderada por Carlos Bianchi de Aguiar anunciou ontem prejuízos de 108 milhões de euros no ano passado.

A Sonae SGPS perde por seu turno 3,66% para 0,44 euros e a Sonaecom regride 2,59% para 1,09 euros.

Ainda nas comunicações, a Zon segue a cair 3,68% para 3,93 euros, apesar da Entidade Reguladora para a Comunicação Social ter rejeitado o recurso da Telecinco para que a empresa liderada por Rodrigo Costa fosse excluída do concurso para o quinto canal de televisão.

Dos 20 títulos que compõem o índice PSI-20, só três estão a negociar em terreno positivo. A EDP soma 0,04% para 2,55 euros, a Semapa avança 1,92% para 5,88 euros e a REN ganha 2,99% para 2,9 euros.

A empresa liderada por José Penedos destaca-se entre as maiores subidas de hoje nos mercados europeus. A REN anunciou hoje o seu plano de investimentos para 2009, ano em que pretende gastar 500 milhões de euros.

O volume total de negócios ascende aos 34 milhões de euros.

Euribor voltam a cair em todos os prazos

A Euribor a três meses, usada como referência sobretudo para os créditos às empresas, caiu para 1,875%, o valor mais baixo de sempre e inferior à taxa de referência do Banco Central Europeu (BCE), que é de 2%.

Já a Euribor a seis meses, a taxa mais utilizada nos créditos à habitação do mercado português, desceu para 1,976%, enquanto que a Euribor a 12 meses recuou para os 2,074%.

O Diário Económico noticia hoje que, apesar das constantes quedas das taxas Euribor, que está a fazer descer as prestações dos proprietários de imóveis, a venda de casas novas e usadas teve uma quebra muito significativa, especialmente a partir da segunda metade de 2008.

A confirmação chega através dos resultados do Sistema de Informação Residencial, da Confidencial Imobiliário, que revela que no terceiro trimestre de 2008 as vendas de casas em Lisboa apresentaram um decréscimo de 27% face ao mesmo período de 2007.

BCP atinge novo mínimo histórico nos 0,55 euros

Às 14h56, o BCP perdia 5,33% para os 0,58 euros, depois de ter sido chegado a cair 10% para um novo mínimo de sempre nos 0,55 euros, com 14.846.088 acções negociadas, e depois de ontem ter encerrado a sessão a perder 6,50%. Esta é a quarta sessão consecutiva em que a instituição liderada por Carlos Santos Ferreira vê os seus títulos desvalorizarem-se em 4% ou mais.

Com a descida de hoje, os títulos do BCP acumulam uma queda de 20% desde a passada quinta-feira, dia em que o banco norte-americano JPMorgan reviu em baixa para os 0,58 euros o seu preço-alvo para o papel. No total, o BCP viu em cinco sessões a sua capitalização bolsista diminuir quase 600 milhões de euros para menos de três mil milhões de euros, no que é o pior desempenho de sempre dos títulos do banco.

"Há fortes vendas. Há o receio que, mais cedo ou mais tarde, o BCP tenha de fazer um aumento de capital, e a exposição do banco ao mercado polaco, cuja moeda tem estado sob pressão, é outro factor a pesar e qeu ainda não está totalmente incorporado na cotação", disse um operador à Reuters.

Outro especialista adiantou que o BCP "está curto de capital relativamente aos seus pares domésticos e europeus".

Os peritos notam que o primeiro suporte das acções do BCP está nos 0,56 euros. "Se a crise continuar, o outro suporte técnico fica-se pelos 40 cêntimos", alertou por seu turno Pedro Lino, CEO da corretora Dif Broker.

Na semana passada, o CEO do BCP, Carlos Santos Ferreira, disse que o maior banco privado de Portugal pode emitir 1.200 milhões de euros de valores mobiliários elegíveis para TIER I, excluindo acções, não planeando qualquer aumento de capital.

Apesar destas afirmações, a JP Morgan cortou o preço-alvo do BCP em 18% para os 0,58 euros por acção, o Keefe, Bruyette & Woods desceu para 0,65 euros de 0,85 euros e a Espírito Santo Research (ESR) baixou para 0,70 euros contra 0,95 euros.

Milionária durante umas horas por erro informático

Uma sueca teve um choque quando reparou que a sua conta bancária tinha sido generosamente creditada durante o fim-de-semana com um valor de cerca de 10 mil milhões de coroas suecas, o equivalente a 883 milhões de euros.

Daniel Hoeglung, o companheiro da feliz beneficiária, Cornelia Johansson, disse ao jornal regional "Goeteborgs-Posten" que esta quantia tinha sido formalmente creditada rectificando um débito de uma compra feita por cartão multibanco.

No dia seguinte de manhã, depois do relato feito ao jornal, esta quantia ainda figurava no saldo da conta bancária da jovem sueca, mas umas horas mais tarde aquele valor desaparecia misteriosamente.

Segundo uma porta-voz do banco Nordea, um dos mais importantes da Suécia, este movimento bancário inesperado resultou de um "erro técnico" do estabelecimento.