Magalhães : A Culpa Foi da Tradução AutomáticaOs reponsáveis pela introdução do software GCompris no Magalhães - Caixa Mágica, distribuição nacional de Linux - justificaram erros de português.Foi pior a emenda que o soneto. Depois de o Expresso ter alertado para erros ridículos de português, num programa didático incluído no Magalhães, os seus reponsáveis decidiram explicar a situação.
Segundo Paulo Trezentos, director técnico desta distribuição de Linux, os erros foram provocados por uma tradução automática que «por falha humana da parte da Caixa Mágica», chegou aos Magalhães com «parte da tradução não validada».
"Parte" parece ser uma palavra usada aqui como um eufemismo, tendo em conta o rol de erros que o semanário encontrou no GCompris (veja em baixo).
O caso levou mesmo o Minstério da Educação a classificar o caso como «grave» e a pedir à JP Sá Couto que retirasse o software em causa de todos os Magalhães.
Paulo Trezentos critica ainda o Expresso por ter avaliado uma versão do GCompris que, entretanto, já foi actualizada «duas vezes», garante.
Contudo, isto não invalida a gravidade da situação, uma vez que milhares de utilizadores tiveram já contacto com a versão macarrónica do GCompris.
Fica-se assim a saber que um projecto com a dimensão do Magalhães, cujo impacte ultrapassa as fronteiras nacionais, inclui software que recorre à tradução automática para (supostamente) ficar em português de Portugal.
No artigo em que criticava o GCompris, o Expresso referia ainda que o tradutor - um português radicado em França há dez anos - teria apenas a quarta classe.
Paulo Trezentos desmente esta afirmação: «José Jorge, o tradutor original tem uma licenciatura em Filosofia e outra em Informática».
O mesmo diz ainda que o José Jorge trabalha actualmente na área das «Tecnologias de Informação» o que o torna «devidamente qualificado para a responsabilidade».
Top 10 do magalhanês:
1 - O Tux escondeu algumas coisas. Encontra-las na boa ordem.
2 - Dirije o guindaste e copía o modelo.
3 - Pega as imagens na esquerda e mete-las nos pontos vermelhos.
4 - Primeiro, organiza bem os elementos para poder contar-los.
5 - Quando acabas-te, carrega no botão OK.
6 - Abaixo da grua, vai achar quatro setas que te permitem de mexer os elementos.
7 - Com o teclado, escreve o número de pontos que vês nos dados que caêm.
8 - Tens a certeza que queres saír?
9 - Aprende a escrever texto num processador. Este processador é especial em que obriga o uso de estilos.
10 - Quando o tangram for dito frequentemente ser antigo, sua existência foi somente verificada em 1800.
Fonte:
Wintech. Por acaso a fonte é mesmo do
Expresso mas como eles não tinham o link da notícia lá na Wintech teve que ser assim. Anyways, no site do Expresso tão lá mais 2 relacionadas com isto.
. E acho engraçado como licenciaturas em Filosofia e Informática não impedem que se dêem erros daqueles. Talvez alguém com uma licenciatura em Língua Portuguesa teria melhores qualificações para fazer a tradução, digo eu.