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Bernie Ecclestone, detentor dos direitos comerciais da Fórmula 1, amigo e sócio em alguns negócios de Flavio Briatore, considera “demasiado duro” o castigo aplicado ao ex-líder da Renault F1, que foi expulso do desporto automóvel.
Comentando a decisão da Federação Internacional do Automóvel (FIA) de banir Briatore por causa do acidente encomendado há um ano ao piloto brasileiro Nelson Piquet Jr., Ecclestone acenou que sim com a cabeça quando foi questionado se sentirá falta do empresário italiano que geria a escuderia francesa.
“Absolutamente [sim]… Nós precisamos de pessoas como ele. [A pena] foi demais”, disse o magnata multimilionário de 78 anos, em Singapura, onde há 12 meses ocorreu o “complot” que levou à expulsão de Briatore e local do próximo Grande Prémio desta temporada.
“Sou amigo de Flavio, mas acho que ele lidou muito mal com tudo isto. Poderia ter gerido a questão de outra maneira, se calhar de forma a pôr um ponto neste assunto”, prosseguiu Ecclestone, comprou a meias com Briatore o clube de futebol inglês Queens Park Rangers.
“Na minha opinião, o castigo foi demasiado duro. Era dispensável, mas também eu estive na comissão do caso e por isso, talvez seja tão culpado quanto os outros. Só que pensado agora melhor, acho que foi demasiado duro”, frisou Ecclestone, apelando mesmo para que Briatore, apresente recurso.
“Espero que ele recorra para o tribunal de apelação da FIA. Se ele recorrer aos tribunais civis, a FIA terá de se defender e alguém lembrará que Flavio mandou um jovem piloto para aquilo que poderia ter sido a morte, por isso penso que os tribunais civis não serão uma boa solução”, argumentou o presidente da Formula One Management, que detém os direitos comerciais da modalidade.
Ecclestone confirmou que Briatore foi convidado a defender-se na reunião de Paris que, na segunda-feira, decretou castigos contra o italiano, a Renault e o engenheiro-chefe da escuderia francesa, Pat Symonds. Mas, ao contrário dos outros visados, Flavio não compareceu. “O advogado dele disse que a FIA não tem competência, e provavelmente tem razão. Mas não era isso que ele deveria ter dito. Teria sido fácil dizer ‘Fui apanhado a dar um passo em falso, pareceu-me uma boa ideia na altura, mas estou arrependido’”, prosseguiu Ecclestone.
Mosley defende pena suspensa da Renault
Além da expulsão de Briatore, o Conselho Mundial da FIA decidiu expulsar a Renault, mas suspendeu a pena por dois anos. Max Mosley, presidente da federação, voltou esta quinta-feira a defender a suspensão da pena, lembrando que a expulsão colocaria em causa a sobrevivência de muitos postos de trabalho. “A Renault tem 700 empregados e 697 não eram culpados de nada”, frisou Mosley.
Pat Symonds, que confessou a batota e acusou entretanto Nelson Piquet Jr. de ter sido o mentor do acidente premeditado, viu a sua licença de trabalho revogada, tendo sido afastado por cinco anos do desporto automóvel.
http://desporto.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1402167Acho que este também já ia...