warding
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Posted: 10 Sep 2009, 17:41 |
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Joined: 29 Jan 2009, 19:24 Posts: 1141
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Portugal é um país muito tolerante, mas não é um país liberal. Da mesma maneira, o BE pode ser um partido progressista cosmopolita, mas não defende medidas liberais.
O BE vem de um pensamento ideológico que acredita que se deve usar a política para empurrar a sociedade no caminho que eles acreditam ser o certo. Não é por acreditarem que o Estado se deve meter fora da regulação dos comportamentos dos indivíduos em relação à droga, prostituição, homossexualidade ou aborto. O BE quer um Estado que regule, promova ou seja mesmo interveniente nestes temas.
O resultado não é muuito diferente da verdadeira liberalização das drogas, prostituição, etc. Até acho que era melhor do que o que acontece agora. Mas não é por impulsos liberais que eles defendem estes temas sociais.
Agora, dado o contexto actual, são temas irrelevantes, para mim e acho que para os portugueses. Somos um país relativamente tolerante, com penas de prisão levezinhas, pouco crime, leis brandas em relação às drogas, etc. Acho que tem a ver com a nossa cultura de bons costumes, poucos stresses. Mas somos um povo completamente homogéneo, pouco cosmopolita, maior parte das pessoas nunca saíram da peninsula ibérica, o grau de educação médio da população adulta é dos mais baixos da europa. O liberalismo não uma ideia que mobilize muita gente neste quadro. Enfim.
No outro dia li assim de relance o orçamento de estado do BE. É incrivel como se nota quase de imediato a confusão mental dos autores. Falam do Bush e de Abu Ghraib e o camandro. É-nos dito que o que é mesmo preocupante em Portugal é a divida. A dívida social, temos que aumentar as pensões e tal. Solução para a crise? Criar mais empregos através de investimento público, claro. E depois claro, temos que nacionalizar a Galp e a EDP. Que juntas têm uma capitalização bolsista de prai 20 mil milhões de euros, quê, 10% do PIB? Já alguém fez questão de perguntar ao Louçã como é que se vai pagar isto?
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