nikA wrote:
kupp, em caso de necessidade, também não me importo de levar marmita de casa, no entanto TER DE levar comida do dia anterior e comer comida requentada no microondas não é qualidade de vida, é como estou a dizer, necessidade.
O problema é que nós já nos habituámos a viver a contar trocos, portanto algo que noutros países é aceitável e um dado adquirido, nós já consideramos luxos e isso é o que me irrita.
kupp, um carro de gama baixa cumpre perfeitamente a função, leva-me de ponto A a ponto B, agora termos de nos contentar com isso não me parece que seja normal. Os carros que falei são de gama média por algum motivo, não são de gama alta, são média.
Eu não me conformo a viver para sobreviver porque governantes tomaram más decisões e muito menos acharei que viver a contar trocos "é mesmo assim".
É o que dá viver aqui em portugal então, pelo menos não andamos todos a pensar que somos uns miseráveis enquanto não olharmos pros vizinhos da europa. Eu também não estou a dizer que se tiveres o dinheiro não possas usufruir de algumas coisas, não considero ir a concertos um luxo. Mas talvez por ter crescido como cresci (nunca me faltou dinheiro pra nada e até tenho alguns brinquedos supérfluos, mas também tenho bastante consciência de que o dinheiro que não é em demasia, não entra facilmente) nunca tomei uma boa vida, um bom carro, e dinheiro pra gastar em saídas e gastos constantes minimamente decente. Pra mim isso é mesmo sobreviver como deve ser com acesso a alguns perks, nada mais. Mas isto parece é uma discussão sobre semânticas. Se pra ti, esse nível de vida é o mínimo, pra mim já é muitíssimo bom. Não digo que tenhamos que nos contentar, mas há que reconhecer que quando temos um carro, casa, comida, dinheiro para quase tudo o que queremos dentro do bom senso, e vemos a pobreza que há à nossa volta (e onde eu vivo, não é pouca), eu já me considero bastante afortunado.