Acrescentar o facto de Android ter custom Roms e uma comunidade gigante de developers. E há por aí roms muito boas mesmo. Cyanogen, MiUI, ParanoidAndroid, etc...


Meanwhile, achei piada ontem uma cena que só vi de relance na TVI ( ou era sic ? ). O Techreviewer lá do sitio tava com um iPhone na mão e era com cada bacorada.. "o iPhone 6+ é um telemovel que pelo tamanho é desagradavel estar em cima da mesa, é um telemovel para ficar no bolso e por isso há o apple watch"

http://www.theatlantic.com/business/arc ... ch/379969/

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Anyways, vocês continuam a dar-lhe no hardware e processadores e o cacete.
Isso interessa a uma ninharia dos utilizadores.
O facto de ser altamente personalizavel e haver ROMs muito boas e o camandro... again, minoria!

90% se não mais dos utilizadores, vai ligar o telefone e usá-lo como está. Faz download das apps que gosta e update ao telefone and that's pretty much it.

O que esta malta valoriza, é o interface, a utilização em si. Algo que para a maioria das pessoas é uma experiência muito melhor nos iPhones.

O que explica o valor inflaccionado é o facto de ser um produto de desejo.
Quem compra o iPhone não procura só a performance do telefone, procura também o status ou a imagem que um iPhone traz.
É exactamente o mesmo comportamento que ao comprares uma camisola de determinada marca, não estás exclusivamente a comprá-la pelo facto de manter o teu corpo quente, estás a comprá-la porque aquela marca se adequa à imagem que pretendes projectar de ti mesmo.

Same thing with Apple.
It's not rational.

A nossa vida está cheia de compras irracionais (relógios, carros, motas, roupas, comida, bebidas, decoração, desportos, etc.), não percebo a insistência de apontar o dedo aos iPhones.

Estar em 2014 à espera que as grandes inovações tecnológicas venham da Apple é um bocado como estar em 2006 à espera que as grandes inovações tecnológicas venham da HP. Nop.

nika,

A maioria das pessoas, aliás, a avassaladora maioria das pessoas, tem telemoveis android. 84.7% no Q2 de 2014, up from 36.1% no Q2 de 2011. O iOS está com 11.7%, down from 18.3% em 2011.

Nos EUA é outra história, mas ainda assim Android tem 52% e a Apple 42%.


Eu tenho a teoria que behavior-aiding apps no futuro vão diminuir em muito a compra irracional de cenas e destruir o marketing e advertising. Pode ser que não, mas é um thought exercise interessante pensar se o mundo não seria melhor se as pessoas fossem mais racionais nas compras.

warding,



Isso explica o porquê do iPhone não ser líder de mercado.
Além de que a maioria das comparações são Android Vs iOS e não Apple Vs Samsung Vs HTC Vs etc.
But that's not the point. Até admito que não seja líder de vendas. Lá está, é um objecto aspiracional.

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Quanto ao que dizes no final... Sim, pragraticamente falando o mundo seria um local melhor se as pessoas gastassem racionalmente.
Sabes o que seria também? Aborrecido.

As pessoas gostam de ser diferentes, diferenciarem-se umas das outras. Eu não compro um relógio de ouro para ver as horas, eu compro um relógio de ouro para dizer que tenho dinheiro.
Até nas tribos as pinturas distinguem os vários membros.
Queremos todos pertencer a algo, mas dentro desse algo queremos ser diferentes.

Cada um de nós faz compras racionais naquilo que valoriza o valor do dinheiro.
Eu faço compras racionais em termos de comida, aparelhos electrónicos (fora o iPhone), electrodomésticos, etc.
Faço racionalmente compras irracionais em roupa, carros, etc.

Essas apps vão ter sucesso, pois haverá sempre procura para elas. As pessoas também, dependentemente do momento da vida em que estão, mudam as compras irracionais.
Aos 18 anos, só queria ter um carro e queria encontrar o melhor negócio.
Agora, quero um descapotável completamente desequilibrado em termos de consumo e que é uma compra completamente irracional diria até, um mau negócio.
Mas hey, eu quero ter um descapotável que ande depressa e faça pescoços rodar ao passar.
Isso não tem preço.

O que nos distingue dos outros animais é precisamente isto.
Podes tentar acabar com o marketing e a publicidade, mas duvido que o consigas.
Afinal de contas, como vais divulgar as tuas apps?
E o conteúdo das mesmas? Como chegarás até ele?

Desejo-te o maior sucesso e sei que essas app's são úteis e provavelmente eu próprio usarei mas, para o que me convém

Diz o que disseres do prestígio de ter um iphone, eu continuo a enquadrar isso na cena de ser mau consumidor para a maior parte dos casos. Não me faz ponta de confusão ver um gajo a sair dum porsche com os seus sapatos de 300€ e iphone no bolso porque é esperado, é o símbolo de estatuto que falas, e honestamente estou-me a cagar dado que provavelmente é malta que estoira bastante mais dinheiro em algo muito mais fútil. Acredito que esses sim o comprem pelo que isso mostra às outras pessoas, e o comprem de propósito pra isso, bom pra eles. Mas não fico minimamente impressionado quando vejo pessoal da minha idade e arredores, pessoas normais, a gabarem-se que têm um iphone quando olho praquilo e penso que o que eu próprio tenho no bolso custou metade do preço e faz o triplo do que ele faz, out of the box. Muito mais ainda se for pessoal que aproveita o potencial do android, lhe faz root, e começa a alterar tudo num nível mais básico. Só fico a pensar se as pessoas têm algum tipo de conhecimento tecnológico para saber se o foram comprar porque queriam ou porque realmente olharam para a fama e para o preço e acharam que iam comprar o melhor telemóvel de sempre. E é aí que começo a bater cabeças, é que apesar de tudo o iphone é mainstream e grande parte das pessoas continuam a dar-lhe o típico uso de telefone + umas fotos + facebook e no entanto acham que têm/devem gastar 700-900€ para isso. Estás-te a esquecer que a maior parte dos compradores são pessoas do dia a dia, não pessoas particularmente abastadas. Eu também não ficaria impressionado por uma pessoa pedir um bitoque de 100€ igual ao meu que é servido num prato de ouro. Não podes negar que merdas assim é pedir para serem criticados, ainda pra mais com a mob mentality que domina a internet neste tipo de coisas. No final de contas façam o que quiserem com o vosso dinheiro mas continuo a ter a minha ideia e a poder criticar a do outros. Outra coisa que vai agravar tudo isso é mesmo a maneira como a apple se comporta, de aparecerem agora com a pólvora e dizerem que é a melhor coisa do mundo descoberta apenas por eles e mais ninguém, e pedir esses mesmos preços por produtos praticamente iguais aos anteriores e bastante abaixo do padrão de 2014, e mesmo assim serem aclamados como a segunda vinda de jesus à terra. Que leva à tal coisa das pessoas que compram os produtos cegamente e a convencerem-se/convencidos que são brutais, quando são medianos. Pra quem está de fora ou não partilha os mesmos pontos de vista na parte do valor da compra, isto é apenas cómico.

O iPhone reinventou a forma de vermos os telefones, apesar de não fazer nada q já outros produtos não fizessem, a forma como foi concebido foi inovadora, um dispositivo sempre online, com ecrã touch, etc. Dispositivos como o Apple Watch já existem no mercado e se fores ver vendas até são interessantes, mas a realidade é q não se vê ninguém com eles. É só buzz, mais nada, como outros wearables tipo google glass...

Claro q a Apple vai vender um porradao de watches, a questão é, a longo prazo vai ser a teta q é o iPhone? Never... Digo com 90% de confiança.

Até os tablets já estão a morrer...

Os wearables para vingarem vão ter de ser algo muito diferente daquilo q está a ser feito nesta altura, algo q consiga verdadeiramente substituir os smartphones, em vez de serem periféricos bluetooth glorificados. Esse dia vai chegar, just not yet.

Eu aposto que vamos ver o moto 360 a pegar. Ainda assim, de facto os wearables aparentemente só servem para estarmos atentos a todas as notificações que recebemos a toda a hora. Como as baterias num horizonte próximo nunca vão suportar utilização prolongada, estes devices tornam-se uma nuisance muito rápido. Também maior parte dos health trackers eventualmente fica na gaveta.

No entanto, não acho difícil de acreditar num futuro em que teremos wearables para medir uma panóplia de bio-sinais de forma a conseguirem identificar o nosso estado emocional e as nossas necessidades nutritivas. Tipo chegarmos a casa stressados e o wearable detecta e controla a iluminação e o som ambiente de forma a criar um ambiente relaxante. Ou detectar que estamos a acordar grumpy e cheios de sono e começar a máquina de café e colocar uma música que sabe que nos dá pica.

Estamos quase quase nesse mundo mas ainda falta um bocadinho.

Acabaste de descrever precisamente o porquê do iPhone ser aspiracional.
É precisamente isso.
Fica tão ridículo como o mesmo gajo usar uma camisola da Armani igual à do Ronaldo.
Mas... ele acha que usando esses poucos items, que apesar de caros, ele consegue comprar (um Porsche é impossível), dá a entender que é essa pessoa bem sucedida.
Se é ridículo? Em alguns casos é. Noutros não.
Eu não tenho dinheiro para um Porsche, mas não é um esforço económico absurdo comprar um iPhone, nem fico ridículo com ele. Comprei-o não só por de facto gostar muito mais da experiência, mas também pela imagem que o iPhone projecta de mim, ou que eu penso que projecta.
Se outros vêm essa imagem? Não sei, eu vejo e isso faz-me feliz.

Quanto aos wearables, já há muitos mais wearables em uso que aquilo que vocês pensam.
O próximo grande wearable vão ser os carros, aliás... já começam a ser.
Vi este ano no SXSW esta talk, que aconselho vivamente a verem:
https://www.youtube.com/watch?v=jOJIVB0j5vk

Quanto aos pequenos wearables, já são amplamente usados para exercício físico (as nike fuel e afins) e para fins médicos. Diabéticos, pessoal com problemas alimentares, etc.

Neste momento os únicos wearables bem sucedides são os que têm de facto uma função além de serem um segundo ecrã de outros aparelhos.
Mas isso está a mudar e vai pegar em força.

Claro que há gente que o compra porque pode, e outros que compram mesmo sem poder, só por ter uma maçã atrás. É a cena da marca.

A mim não me interessa muito o "glamour" da marca Apple nem andar aí a mostrar que tenho e que posso. Também não acho que a experiência de utilização seja assim tao melhor, até porque como user de windows, a apple obriga-me a ter programas e coisas que não quero lá muito. É por isso que acho que o preço de um iPhone é descabido.

Mas se o queres, força. Sentes-te bem com isso, é contigo. Eu tenho direito à minha opinião, e ela inclui: "andas a gastar dinheiro em cenas parvas, e nao percebes nada de smartphones". Mas isso sou eu.

Quanto aos wearables, neste momento ainda são um bocado item de luxo. São caros e pouco trazem de funcionalidade ao telemovel. Eventualmente e como já disseram para ai é capaz que a coisa pegue, mas até lá há muita coisa a melhorar neles. E quando isso acontecer, praticamente tudo à nossa volta vai começar a mudar em concordância. Carros já começam, mas eventualmente teremos a chamada "smart home", e tudo o que ela trouxer consigo. E quando esse tempo chegar, posso dizer com toda a certeza: Não vou ter apple

nika, existem telemóveis cobertos a ouro e diamantes, mas são um mercado de nicho. A razão pela qual o iPhone é aspiracional e representa toda uma série de cenas não é por ser caro, é por ter reconhecidamente uma edge no design e na inovação. O que se está aqui a argumentar é que esse edge desapareceu completamente, o que desmorona o conceito de o iPhone ser aspiracional. Podem continuar mais uns anos a viver do espirito do Steve Jobs e dos fuminhos da cena de terem sido pioneiros na área, mas não quero acreditar que seja sustentável manterem as margens de lucro que praticavam.

Estás a ver a cena do ponto de vista de um marketeer e nisso tens uma capacidade de observação muito mais aguçada que qualquer um de nós. No entanto eu acho que as qualidades subjectivas que as marcas querem projectar têm de estar sempre assentadas em certos fundamentals - os ténis da Nike e da Adidas têm de facto de oferecer algum factor qualitativo acima dos das marcas Decathlon, por exemplo -, se não mais tarde ou mais cedo a malta descobre que o rei vai nu.