Eu percebo que o Berlioz quer dizer. A música erudita tem uma estrutura e construcção/composição completamente diferente da música "popular". É mais complexa, obedece a muitas regras. Não é uma questão de gostar. Ele não gosta pelos seus motivos, tem o seu direito. Se a música "entra no ouvido", isso tem a ver com a quantidade de endorfina que o cérebro liberta quando a ouvem. Mas como "port" de uma música erudita, é mau. Não obedece aos tais padrões, apesar de ser erudita (ou uma tentativa).
Eu só achei estranho a colocação do rock e metal no panorama do simples e meter o jazz noutro patamar. Basicamente, rock progressivo, metal progressivo e dps technical death metal, por exemplo, são estilos que envolvem uma complexidade bastante aceitável tal como muitos estilos de jazz, sem dúvida.
Mas aproveito para dizer que da minha maneira de ver esta coisa da complexidade não é uma estrutura em escada em que cada estilo está num degrau. Se calhar faz mais sentido pensar numa grelha de complexidade em que os estilos se interceptam em vários pontos.
EDIT: fdx, tou a dar erros de português para caraças hj, e ainda por cima com o Berlioz aqui estou a arriscar
Complexidade não só notas a dar com um pau e de vez enquanto fazer uma música em assinaturas rítmicas estranhas. Dentro de uma escala, sim, são complexas. O Jazz acredito que seja, mas, apesar de tocar guitarra, também não vejo o porquê do jazz estar lá no topo, até porque tem algumas ligações com Blues/Boogie.
Mas aproveito para dizer que da minha maneira de ver esta coisa da complexidade não é uma estrutura em escada em que cada estilo está num degrau. Se calhar faz mais sentido pensar numa grelha de complexidade em que os estilos se interceptam em vários pontos.
Sim, isso é verdade. Vão-se interceptando. E também há os lugares onde os estilos mais "ligeiros" interceptam a complexidade do jazz (quando falo da complexidade do jazz, refiro-me sobretudo à complexidade harmónica) sem necessariamente terem algo de jazz. Aí poderias incluir os tais "progressivos" que aí mencionaste.
Falei do jazz estar à parte porque, tal como a música erudita, criou para si próprio um mundo que não se cruza facilmente com o resto. É uma espécie de mini-recriação da música erudita começando no jazz mais básico do início do século XX (que se pode comparar à era clássica do erudito) e acabando no jazz atonal (barulheira!! Tal como na música erudita ) em menos de um século.
Também há "erudito leve", se bem que na altura era mais para o popular.
Orfeu nos Infernos, de Offenbach. Que LOL! (Quem chegar até pelo menos aos 28 segundos reconhece o tema ) Tenho de arranjar o DVD com a Natalie Dessay. Esta senhora é de mijar a rir. xD
Percebo o ponto de vista do berlioz e concordo com ele, não é ser elitista nem nada que se pareça, mas por natureza a música erúdita obedece a muitas regras e tem uma estrutura diferente,se as pessoas analisarem bem uma pauta de uma música do género vez que o compositor trabalha muitas coisas que podem nem ser tão evidentes...
O nível de diferente complexidade de cada estilo musical é evidente, por isso é que todos concordam com o que está a ser dito agora. Mas é preciso notar que a discussão não começou propriamente dessa maneira, nem sequer foi posta claramente a diferença entre gostos e complexidade inicialmente, logo os comentários do Piruças, por exemplo, foram perfeitamente legítimos.
Users browsing this forum: No registered users and 0 guests
You cannot post new topics in this forum You cannot reply to topics in this forum You cannot edit your posts in this forum You cannot delete your posts in this forum You cannot post attachments in this forum