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Posted: 23 Sep 2009, 23:43 |
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Joined: 14 Jul 2009, 02:17 Posts: 1005
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Eles inovam muito o ensino, não haja dúvida... Os portáteis é tudo uma história para as operadoras pagarem as dívidas delas, e ainda mamam dinheiro, as novas oportunidades são uma banhada autêntica, os cursos profissionais são totalmente desorganizados, etc.
Tenho amigos meus no curso profissional de redes e aquilo é uma fantochada. O horário é das 8 às 6 todos os dias, mas a maior parte das vezes têm 6 ou 4 horas de "almoço", e o horário muda de vez enquando sem sequer se informarem os encarregados de educação e/ou pedir autorização, para não falar das vezes em que ora hoje têm Matemática, ora para a semana têm ARI, ora depois têm 3 horas de Redes, etc. Um dos meus amigos tem os módulos de inglês todos por fazer e, supostamente, ia fazer este ano. Como é que ele pode fazer esses módulos se, em teoria e oficialmente, tem o horário completamente preenchido?
O sistema de faltas desde há 2 anos que é completamente injusto para os cursos humanísticos e científicos. As faltas são 3 x número de tempos que se tem por semana (nos profissionais têm uma caralhada de faltas para dar para os 3 anos, e cada bloco de 45 conta como uma), o que dá, no meu caso, sempre um limite de 9 faltas. As justificações não servem de nada, o que me levou a fazer um choradinho o ano passado porque já tava cheio de faltas a História (acabei no limite) e ainda tinha o dia da defesa nacional para adicionar uma falta à contagem. Cada bloco de 90 conta como uma falta e depois decidiram inventar aquelas aulas "de apoio" que são EC (extra curricular, estudo complementar, não me lembro, wtv) para as disciplinas ligadas a FQ e Matemática. Este ano foi o primeiro que apanhei com EC de MACS (Matemática Aplicada às Ciências Sociais aka "Matemática para burros").
Estas aulas são uma verdadeira fantochada porque contam para o limite da disciplina "normal", mas não contam para aumentar o limite, ou seja, continuo a ter um limite de 9 faltas e mais 45 minutos semanais, geralmente "pegados" a um bloco de 90.
Os exames são maus. Não testam tanto os conhecimentos dos alunos como deviam, mas a sua atenção a rasteiras. Fiz o exame de FQ há dois anos só pelo lulz, e depois de o fazer ri-me com a quantidade de escolha múltipla que tinha e perguntas de desenvolvimento. Fiz as contas e, se tivesse a parte "sem números" toda correcta, tinha um 15, se não estou em erro. Os professores assombram os alunos com o "monstro" dos exames durante um ano inteiro sem razão nenhuma, e obrigam-nos a fazer vezes e vezes sem contas exercícios de aplicar fórmulas que, no exame, valem um quarto da nota. Agora que estou a repetir o secundário noutro curso rio-me sempre que algum professor fala disso e dá a tanga aos putos. Biologia foi a mesma fantochada, o teste foi feito à base de rasteiras. E o de Português, que tive 16.5, talvez pela construcção das respostas e da composição, estava carregado de matéria que não foi dada e que não estava no programa. Gramática, nem vê-la.
Eu bem vejo os podres do secundário e sei bem que os alunos são passados a pontapé. No fim de tudo, quando o secundário for obrigatório daqui a uns tempos, vai ser tudo uma fantástica máquina de fazer dinheiro, quando os alunos mal preparados forem para a faculdade, onde vão estar anos e anos seguidos a arrotar dinheiro em propinas. E mesmo agora já é um negócio enorme com os materiais escolares, e artes nem se fala, que os professores têm a mania de pedir os materiais mais caros das lojas.
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TiNkLeR wrote: estou quase a acabar o meu album de hard rock
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